sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ao Som Daqueles Progressivos...

Vejo tudo brilhando...

Vejo todos dormindo...

Vejo eu mesmo a sonhar,
Te vejo, em qualquer lugar, a sonhar...

Alimente-se, venha e veja também,
A Lua a brilhar e as calçadas a esperar
Passos de todos os pés e patas:
Meus, seus, deles;
Minhas, suas, deles...

Ilegíveis seriam minhas palavras,
Se sobre a chuva fosse eu escrever;
Se sob a chuva fosse eu escrever;
Poeira trago a todos aqueles que quiserem ler...

Os opostos se cancelam,
Lhe esperam e se completam;
Na lógica do meu pensamento,
Tudo é nada,
Nada é tudo e
Tudo é Vida.

sábado, 11 de outubro de 2008

2 Minutos Em Brasa

Lá, para onde caminhas, talvez alguém a esperá-lo;
Folhas verdes, algum dia banhadas pelo Sol, forram a estrada e perguntam ao viajante:
- 'A quem buscas?'
Ao que ele responde:
- 'Talvez a mim mesmo.'
Ainda a caminhar, depara-se consigo, que lhe aconselha:
- 'Buscar a si mesmo pode ser perigoso.'
- 'Corro riscos ao viver, porque não ao buscar-me?'
- 'Pois tu podes realmente se encontrar.'
- 'Eu posso. Tu podes. Ela pode.'

E a Tarde cai devagar, dando vez à Noite e suas ilustrações ao Mel;
E a Razão chega, pois a Realidade nunca o fará;
E o Sábio em nada disso acredita.