domingo, 8 de março de 2009
Ändern, mein Liebling. Ändern...
Quantas vezes as estradas se desviem,
Ou quantas vezes as pessoas ajam.
O importante é que estou de volta.
Ao meu mundo, pelo menos."
sábado, 31 de janeiro de 2009
Te Vejo Daqui A 30 Anos
- Victor Guimarães, ??/??/2009
O beijo respondeu por mim.
Depois de alguns minutos abraçados, ela continua:
- "Não me contou o mais importante ainda."
- "O porquê de ter partido?"
- "Exatamente."
- "Minha vida estava resumida em conversas de internet, tardes jogadas na cama, noites que só acabavam às 05h da manhã e não conseguia nem escrever sobre isso."
- "E porque trinta anos, se já sabia que eu te amava?"
- "Porque ainda não amava nem a mim mesmo."
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
(Infelizmente) Centro De Alguma Metrópole Estadunidense Em Algum Outono Dos Anos 50.
Iria passar a madrugada no bar do outro lado da rua, mas aqueles filhos do Bronx que ficam ali na porta ‘sugeriram’ que eu ficasse nesse beco aqui mesmo.
Filhos da puta, isso sim. Quem eles pensam que são?
Mesmo se Luther King estivesse realmente ligando para eles, ele ainda estaria virando a esquina quando eu terminasse de acertar nossas contas.
E agora eles ficam lá, olhando esse bêbado escritor vagabundo caído no beco, como se fosse eu que limpasse as privadas deles.
Mas um dia eles vão cair. Caras desse tipo sempre caem. E logo.
Queria assaltar um banco, só pela diversão, pela adrenalina e pela grana. Mas pateticamente, só tenho forças para levantar, acender meu cigarro, seguir até a rodoviária e continuar minha ‘gloriosa’ viagem pela Costa Oeste.
Não tenho ideias na cabeça. Só tenho alguns poucos ideais:
Ser inconsequente o suficiente para que daqui a 50 anos eu possa ser considerado tolamente um ídolo, fumar e beber o suficiente para estar morto daqui a 5 anos;
Realmente os odeio. Não faço ideia por que, mas odeio.
Não gostaria de falar assim de alguns companheiros de noite.
Mas os odeio.
Quem sabe falando a língua deles, eles tenham me entendido.
Senão, vou odiá-los ainda mais.”
Notem-se as aspas, por favor.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Passos (E Tudo O Mais)
Havia perdido a vontade de escrever.
Estava cansado de noites perfeitas.
Talvez não fosse essa a arte de seu ser;
Aquela maldita raiva o consumira.
Eu queria fazer algo, mas não podia.
A única coisa que pude fazer foi assisti-lo morrer,
Enquanto punha meu capuz negro.
As preces há muito não eram atendidas.
As frases se encerravam sozinhas.
Estava morto, e dessa vez,
Nem ela poderia revivê-lo.
Ao ver a Morte chegar, achou graça.
Sempre a desafiara, e caído no chão,
Era ela quem ria:
- “Últimas palavras, amigo?”
- “Deveria ter vivido mais...”
- “Engraçado, é o que todos dizem...”
- “Droga, então serei apenas mais um na morte.”
- “Não. Cada morte é uma morte diferente, assim como cada vida.”
- “Dialogando com a Morte, onde fui parar?!”
- “No fim, amigo. No fim.”
Durante a caminhada, com dificuldade o fiz aceitar-me.
- “E para onde vamos?” Perguntou com fingido ânimo.
- “Para o fim, já lhe disse.” Repeti com a voz fatigada do resto do dia.
- “E quando chegarmos? O que faremos?” Indagou com um leve tom de receio.
- “Nada. Já lhe disse: é o fim.” A impaciência em minha voz mostrou-se sem medo.
- “Não pode acabar assim. Uma caminhada tão longa e só!” E a esperança ainda não o havia deixado.
- “Pois diria que é um desfecho perfeito.” Disse, com certo sarcasmo.
- “Uma caminhada final? Mas é banal! Por que não voarmos ou morrermos de vez, então?”
- “Não é assim que funciona.”
- “E por que não?” Levantou a voz, se achando o dono da situação.
- “Não sei. Não sou Eu quem faz as regras. Há coisas que precisa entender antes de morrer.”
- “É? E que tipo de coisas?” Fez sua última pergunta.
Com leve tom de triunfo na voz, lhe disse:
- “Que a tal caminhada final é conhecida como Vida.”
E a foice ao meu lado riu como no ensaio.
domingo, 14 de dezembro de 2008
A Quatro Livros De Distância
Ah, o doce som dos passos.
De danças e de fugas.
“É só seguir os gritos, querida”
E encontrar todas as luzes de que precisarmos.
A três livros de distância,
Todos os sonhos jogados ao mar.
Além do cais, permanecem intactos.
Além dos quais, podemos achar nossas sombras.
“É só esperar a noite cair, querida”
Ah sim, a suave supremacia dos corpos.
Seja o que é e lute por ela.
“Não siga tudo que lhe é dito, querida”
Não lute por liberdade, mas sim, crie-a.
A um livro de distância,
As ausências de lógica que definem a Vida.
Nada que a define pode ser filosofado.
Demos graças à Vida por isso!
E isso é tudo aquilo que odiamos.
“Pode esperar um pouco, querida?”
E aqui, onde começa esta prateleira infinita,
Está tudo aquilo que amamos:
O doce som dos corpos jogados ao mar;
A suave ausência de lógica dos passos;
E todos os sonhos que definem a Vida.
“Vamos dar uma volta pela biblioteca, querida?”
domingo, 7 de dezembro de 2008
Pequeno Ensaio Sobre A Arte
No fim, todos os artistas percebemos que as artes não passam de besteira,
Que ninguém realmente passa uma mensagem com um poema,
Apenas brinca com as palavras como uma criança;
Que a música não passa de sorte com acordes,
Harmonias, melodias e letras vagas;
Que a pintura não passa de gotas de tinta,
Dispostas aleatoriamente,
Sem nenhuma mensagem de verdade;
Que o cinema e o teatro não passam de retratos do cotidiano,
E que nada de especial têm;
E como a arte é expressão da alma humana
Percebe-se que a humanidade é besta;
E assim nos divertimos com a bestialidade humana,
Pois sem isso, nada somos.
Vida é Arte.
Arte é Nada.
E dizer que a vida não é nada, é um sofisma dos mais baratos;
Vivamos, sejamos bestas, artistas e felizes.
Pois sem isso, nada somos.
E viva a bestialidade das notas das letras dos pingos de tinta das cenas da Vida!
Escrevo. Amo. Vivo.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Deus Está Em Meu Jardim
A cantar suas glórias e aleluias, e a reger sua orquestra universal, tal qual uma criança e seu castelo;
A poetizar selvagerias e limitar os pensamentos revoltos;
Pois é pra isso que "Ele" existe, e não pra ouvir preces e trovejar por entre as nuvens;
Confesso que estou alegre com tal presença em um dos meus refúgios,
Apesar de irritado com suas piadas imorais e suas conversões (de pagão para cristão, de surreal para real, de real para dólar);
Confesso também que terei trabalho para replantar as rosas depois "d'Ele" nelas pisar;
Mas não reclamaria depois.
Foi "Deus" quem dançou em meu jardim, ao som dos seus suspiros e risadas,
Pois são graças a eles e aos seus sorrisos que meu jardim pode existir:
Meu refúgio, contra todos os outros pensamentos;
Meu refúgio, contra mim mesmo, onde só você existe.
domingo, 2 de novembro de 2008
Tudo Aquilo Que Realmente Espero Da Vida:
________________________________
________________________________
Sem esperas, nem idealizações;
Venha o que vier, sem especificações,
Muito menos limitações.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Ao Som Daqueles Progressivos...
Vejo todos dormindo...
Vejo eu mesmo a sonhar,
Te vejo, em qualquer lugar, a sonhar...
Alimente-se, venha e veja também,
A Lua a brilhar e as calçadas a esperar
Passos de todos os pés e patas:
Meus, seus, deles;
Minhas, suas, deles...
Ilegíveis seriam minhas palavras,
Se sobre a chuva fosse eu escrever;
Se sob a chuva fosse eu escrever;
Poeira trago a todos aqueles que quiserem ler...
Os opostos se cancelam,
Lhe esperam e se completam;
Na lógica do meu pensamento,
Tudo é nada,
Nada é tudo e
Tudo é Vida.
sábado, 11 de outubro de 2008
2 Minutos Em Brasa
Folhas verdes, algum dia banhadas pelo Sol, forram a estrada e perguntam ao viajante:
- 'A quem buscas?'
Ao que ele responde:
- 'Talvez a mim mesmo.'
Ainda a caminhar, depara-se consigo, que lhe aconselha:
- 'Buscar a si mesmo pode ser perigoso.'
- 'Corro riscos ao viver, porque não ao buscar-me?'
- 'Pois tu podes realmente se encontrar.'
- 'Eu posso. Tu podes. Ela pode.'
E a Tarde cai devagar, dando vez à Noite e suas ilustrações ao Mel;
E a Razão chega, pois a Realidade nunca o fará;
E o Sábio em nada disso acredita.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
As Maçãs & Os Corpos
Até mesmo quando você põe as músicas do seu Media Player ou seu Winamp para tocar aleatoriamente...
A ordem das músicas quer dizer alguma coisa.
Implícita. De verdade. Mas com algum significado.
Eu digitar aqui, e você ler aí;
Eu acordar mais tarde amanhã;
As danças no jardim, e teus sorrisos;
Sempre...
E por aqui a chuva continua, com algum significado complexo demais para eu entender hoje.
sábado, 27 de setembro de 2008
Divagações à Luz da Tela - Pt. II (Instabilidade)
Não quero ser mais um a escrever sobre vida ou a morte.
Também não quero ser mais um a lembrar dos olhos dela ou da boca daquela.
Assim são meus últimos dias de romance.
Nunca mais isso e nunca mais aquilo.
Ah, mas que o azul dos olhos dela me traz a calmaria das ondas da maré baixa...
E que o sabor da boca daquela não sai da minha boca...
Não posso negar.
Nunca é definitivo. Semana que vem, lá vamos nós denovo...
Preparem-se novamente, renovem-se enquanto podem.
Sempre assim. Nunca assim.
Instável.
Assim sou eu. Esse não sou eu.
Começar o dia do modo errado, sair correndo e não chegar;
Intolerância, e nada que possa me parar. Nada.
A não ser o sorriso dela...
É só ela sorrir e o mesmo dia se transforma.
Pra que correr se não for chegar?
Aliás, pra que chegar lá?
Se aqui temos eu, ela e o sorriso dela?
Não sei.
A única coisa que sei, é que:
Não há notas suficientes em minha música para descrever tudo aquilo que sinto;
Não tenho nem certeza de que o que escrevi hoje é o que sentirei amanhã;
Por isso, sou o Vento.
Nada mais.
domingo, 21 de setembro de 2008
Divagações à Luz da Tela - Pt. I
Cá estou eu, divagando sobre o fim do mundo, mitologia asteca, o Webbot e o LHC. Eu e minha amiga Internet.
O que mais a fazer dentro do meu quarto, a este horário?
Ir ao passado e pensar sobre possibilidades, ou me satisfazer com visões de um futuro que, se me conheço bem, nunca será praticado?
O que mais a fazer, aqui dentro de mim?
Quisera eu saber...
Minha real vontade talvez seja 'levantar'.
Não para voar por aí.
Mas para fazer tudo aquilo que deixo de fazer.
Imagino a expressão de meus(inhas) amigos(as) ao lerem esta 'Parte I'.
Imagino suas expressões de reconhecimento ante meus 'escritos'.
Ou não.
Dizer isso deles seria menosprezá-los, esperando que ajam previsivelmente.
E isso, implicaria em dizer que eles não seriam meus amigos.
Imprevisíveis. É o que posso dizer deles.
Às vezes, parece que estamos a atuar:
O sensato, o inconseqüente, o mal-humorado, o intelectual, o p.alhaço;
A reservada, a artista, a psicodélica, a desengonçada;
Papéis únicos, de cada um de nós e, ao mesmo tempo, de todos nós.
Uma integração de personalidades, e por isso imprevisíveis.
Todos unidos por um objetivo em comum: o Rock 'n Roll.
Bem, vou deixar o resto para a 'Parte II', e sinta-se satisfeito, senhor Vento.