domingo, 14 de dezembro de 2008

A Quatro Livros De Distância

A quatro livros de distância,
Ah, o doce som dos passos.
De danças e de fugas.
“É só seguir os gritos, querida”
E encontrar todas as luzes de que precisarmos.

A três livros de distância,
Todos os sonhos jogados ao mar.
Além do cais, permanecem intactos.
Além dos quais, podemos achar nossas sombras.
“É só esperar a noite cair, querida”

A dois livros de distância,
Ah sim, a suave supremacia dos corpos.
Seja o que é e lute por ela.
“Não siga tudo que lhe é dito, querida”
Não lute por liberdade, mas sim, crie-a.

A um livro de distância,
As ausências de lógica que definem a Vida.
Nada que a define pode ser filosofado.
Demos graças à Vida por isso!
E isso é tudo aquilo que odiamos.
“Pode esperar um pouco, querida?”

E aqui, onde começa esta prateleira infinita,
Está tudo aquilo que amamos:
O doce som dos corpos jogados ao mar;
A suave ausência de lógica dos passos;
E todos os sonhos que definem a Vida.

“Vamos dar uma volta pela biblioteca, querida?”

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