segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

(Infelizmente) Centro De Alguma Metrópole Estadunidense Em Algum Outono Dos Anos 50.

“Estou nas calçadas, em meio ao lixo da sociedade.
Iria passar a madrugada no bar do outro lado da rua, mas aqueles filhos do Bronx que ficam ali na porta ‘sugeriram’ que eu ficasse nesse beco aqui mesmo.
Filhos da puta, isso sim. Quem eles pensam que são?
Mesmo se Luther King estivesse realmente ligando para eles, ele ainda estaria virando a esquina quando eu terminasse de acertar nossas contas.
E agora eles ficam lá, olhando esse bêbado escritor vagabundo caído no beco, como se fosse eu que limpasse as privadas deles.
Mas um dia eles vão cair. Caras desse tipo sempre caem. E logo.
Queria assaltar um banco, só pela diversão, pela adrenalina e pela grana. Mas pateticamente, só tenho forças para levantar, acender meu cigarro, seguir até a rodoviária e continuar minha ‘gloriosa’ viagem pela Costa Oeste.
Não tenho ideias na cabeça. Só tenho alguns poucos ideais:
Ser inconsequente o suficiente para que daqui a 50 anos eu possa ser considerado tolamente um ídolo, fumar e beber o suficiente para estar morto daqui a 5 anos;

Realmente os odeio. Não faço ideia por que, mas odeio.
Não gostaria de falar assim de alguns companheiros de noite.
Mas os odeio.
Quem sabe falando a língua deles, eles tenham me entendido.
Senão, vou odiá-los ainda mais.”


Notem-se as aspas, por favor.

Um comentário:

Anônimo disse...

É, esses filhos da puta, a gente tem mesmo é que acender o nosso cigarro, ou o meu no caso.
Posso copiar esse seu texto?Mew, ele ficou fo-da